Numa realidade alternativa, eu não estaria agora aqui sentado em frente ao meu PC, a apreciar o último trailer de Indiana Jones and the Great Circle. Eu seria o Indiana Jones! Teria estudado arqueologia durante mais do que apenas um semestre e, claro, estaria a viajar pela história mundial com o meu chapéu e o meu chicote em busca constante de tesouros perdidos.
A vida normal de um arqueólogo comum. Não foi suficiente para me tornar professor, mas pelo menos tenho um chapéu de aventureiro em casa e até já fiz uma viagem pela natureza na Córsega com ele. Para tudo o resto, estou à espera do novo jogo de ação da Machinegames e, na verdade, estou mais ansioso por isso do que pela perspetiva de uma licenciatura em arqueologia.
O QUE É QUE EU QUERO?
Até agora, eu ainda estava muito neutro em relação ao ano dos jogos de 2024. Para além de pequenas jóias como Manor Lords, ainda me faltam destaques pessoais. No entanto, com Indiana Jones and the Great Circle, um novo candidato chegou inesperadamente ao topo – mesmo que o título soe um pouco tolo em alemão.
Estou quase um pouco zangado com a forma como este trailer me entusiasma. Afinal de contas, mostra mais uma vez que sou um pouco nostálgico que pode ser arrebatado por uma banda sonora bem colocada de John Williams
Mas há mais do que isso. Graficamente, o trailer sabe como inspirar, independentemente de qualquer nostalgia, e agarra-me desde o primeiro segundo com a promessa de uma história bem encenada, interlúdios de ação variados e catacumbas misteriosas cheias de puzzles complicados.
Isto é sinónimo de um excelente design de trailer, mas também de uma impressionante produção triple-A, algo que tem faltado ao ano dos jogos até agora
Com Indiana Jones e o paralelogramo alongado, depois de todos estes anos, volto a ter uma experiência cinematográfica em que Harris Ford está em plena forma, sem ter de cair no vale da estranheza do habitual rejuvenescimento do cinema em CGI. Na minha opinião, os jogos mostram mais uma vez o seu valor numa era de ícones cinematográficos envelhecidos.
Pessoalmente, teria ficado muito mais satisfeito com uma prequela de Han Solo jogável com um Harrison poligonal do que com o indescritível filme Solo, no qual o lendário contrabandista mal era reconhecível
Uma análise das reacções iniciais na secção de comentários mostra que não sou a única pessoa que está ansiosa por Indiana Jones e o hexágono gigante. Mas também há um pouco de debate sobre a perspetiva.
Surpreendentemente, estou num lado diferente do habitual. Porque, de facto, pertenço à categoria de pessoas que preferem sempre a terceira pessoa à visão na primeira pessoa. Especialmente em jogos de ação e aventura, onde há muitos saltos, escaladas e baloiços
No The Great Circle, jogo principalmente na perspetiva da primeira pessoa, mas …
Tenho de dizer, no entanto, que a visão na primeira pessoa em Indiana Jones não me assusta nada. E há duas razões para isso
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O Indiana Jones tem estado ausente do PC e das consolas há anos – se ignorarmos os spin-offs da Lego. Entretanto, tem muita concorrência de Lara Croft e Nathan Drake. Em vez de aderir completamente ao padrão do género, Indy pode distanciar-se dos seus sucessores não oficiais e trazer uma perspetiva completamente nova a estas aventuras cheias de ação.
Para meu pesar, ainda não consegui encontrar um artefacto que me permita olhar para o futuro. Por conseguinte, ainda não sei se a minha expetativa é justificada. Mas, por agora, estou a gostar da perspetiva de um novo jogo que parece ser mesmo a minha cara
Estou ansioso por Indiana Jones e o desnecessariamente extenso triângulo isósceles!
