«Os melhores jogos pertencem a todos» – A declaração clara de Bond
Uma pequena observação com grande impacto: Numa entrevista com Mashable, a presidente da Xbox, Sarah Bond, falou abertamente sobre como vê o futuro do panorama dos jogos – e as suas palavras devem causar inquietação ao chefe da PlayStation, Jim Ryan. Bond considera «antiquada» a forma tradicional de pensar, que vincula os jogos a uma consola. Para ela, o que importa é a abertura, a conectividade e a liberdade de poder jogar em qualquer dispositivo.
«Os maiores jogos do mundo estão disponíveis em todo o lado», salienta Bond. «Basta pensar em Call of Duty, Minecraft, Fortnite ou Roblox – é isso que realmente motiva a comunidade de jogadores.» A sua mensagem é clara: o sucesso dos jogos modernos surge onde as pessoas podem jogar juntas, independentemente das limitações da plataforma.
A chefe da Xbox posiciona-se assim claramente contra o modelo clássico de exclusividade, que caracteriza principalmente a Sony há décadas. Em vez de títulos de prestígio que existem apenas numa plataforma, a Microsoft quer apostar nos jogos colaborativos. Bond vê o futuro dos jogos menos na rivalidade entre consolas e mais na construção de um ecossistema interligado que inclua todos.
Os jogos exclusivos são «antiquados», afirma a presidente da Xbox, Sarah Bond:
▪️Vendo as pessoas evoluírem muito além de se limitarem a um dispositivo ou a uma loja
▪️Os maiores jogos do mundo estão disponíveis em todo o lado (Fortnite, COD, Roblox, etc)Entrevista completa ➡️ https://t.co/b1yBSJ0ZRk#Xbox pic.twitter.com/554mCTOcnq
— Shinobi602 (@shinobi602) 22 de outubro de 2025
Enquanto a Sony ainda aposta na emoção e na fidelização com sucessos exclusivos como «Ghost of Yotei», a Microsoft segue há muito outra filosofia: a abertura. A estratégia não se reflete apenas nas palavras de Bond, mas também nas decisões mais recentes do grupo. Jogos como «Forza Horizon 5» já foram lançados para a PlayStation, e o próximo «Forza Horizon 6» também deverá chegar à consola da Sony.
O facto de a Microsoft estar agora a planear uma versão para PlayStation 5 do «Starfield» da Bethesda é um sinal claro: a exclusividade não deve mais construir barreiras, mas sim pontes. Os jogos de serviço ao vivo, ou seja, títulos que se desenvolvem ao longo dos anos, beneficiam particularmente desta abertura. A postura de Bond mostra que a Microsoft já há muito que joga de forma diferente – com foco no alcance e na comunidade, em vez da exclusividade.
A PlayStation deu os primeiros passos – por exemplo, com o sucesso multijogador «Helldivers 2», que também será lançado para a Xbox –, mas as palavras de Bond sugerem que ela considera essa mudança inevitável. A sua mensagem para o setor soa como um manifesto: os jogos devem unir, não separar.

